Os 50 Anos da Fita Cassete

fevereiro 02, 2013

Em 1963, a empresa holandesa Philips revoluciona, criando a fita cassete ou compact cassette. Ela possuia dois carretéis com fita magnética dentro de uma carcaça de plástico, que permitia se ouvir 30 minutos de gravação de cada lado.
Os primeiros álbuns à saírem na versão cassete foram lançados na Alemanha em 1964, eram conhecidos como "musicassetes".


A fita cassete foi a primeira a ganhar um logo para indicar seu tipo de mídia, ao contrário do LP que não possuía logo.





As fitas virgens podiam ser encontradas no mercados em 45, 60, 90 minutos, tinha também a de 120 minutos, que se dizia que danificavam os cabeçotes dos tocas-fitas.
O material magnético também fazia muita diferença para quem queria qualidade no som, dentre elas temos:

  • IEC Type I - era a mais comum, feita de óxido férrico, geralmente nas embalagens era designada como Ferro.
  • IEC Type II - Foi criada pela Basf, utilizava dióxido de cromo, no mercado ficou conhecida como Chrome.
  • IEC Type III - de camada dupla e inventada pela Sony, a fita combinava o óxido férrico e o dióxido de cromo, sendo conhecida como Ferrichrome.
  • IEC Type IV - conhecida como fita Metal, possuía a qualidade de som superior ao CD, era mais cara e mais cobiçada pelos aficionados por música.



O auge da fita cassete começa mesmo em 1979 com a invenção do Walkman pela Sony, que criou uma nova maneira de ouvir música.


As fitas cassetes embalaram festinhas com coletâneas de músicas dançantes, viraram presente romântico de namorado que gravava canções de amor para sua amada, alguns gravavam seu programa de rádio favorito,  também registraram entrevistas e arquivos sonoros históricos pelas mãos da imprensa.


Pelo preço acessível, logo surgiram as "fitas piratas" que eram comercializadas em larga escala, meio na clandestinidade, com capas feitas no mimeógrafo. Muitas vezes, quem comprava ficava irritado, pois sempre as últimas músicas acabavam sendo cortadas.




O cassete original ainda era bem mais barato que o LP, tornando uma opção para quem queria um produto autêntico. No Brasil, os cassetes com trilhas sonoras de novelas foram mais vendidos, ocupando topos das listas de vendagens.


As vantagens do K7, era sua portabilidade, podia ser levado para onde quiser, dava para se ouvir no carro, embalando as viagens. Alguns toca-fitas como o Roadstar por exemplo, tocava os dois lados da fita, sem necessidade de virar. Mas quando a fita enrolava ou enroscava no cabeçote, era desesperador perder seu cassete preferido.

Os primeiros gravadores eram mono, dava até para ouvir música, mas a qualidade de som não era boa.




Nos anos 80, com o Break, a dança que veio das periferias americanas e conquistou o mundo, surgiram toca-fitas com rádio, som estéreo e duplo deck, conhecidos como Boombox, se tornando um sonho de consumo por todos os jovens.

O declínio da fita cassete começa no ano 2000 com o fim da produção pelos grandes fabricantes, e não foi por culpa do CD, o formato MP3 que permitia que qualquer música pudesse ser ouvida em players próprios ou mesmo no computador, contribuíram para isso. À partir disso, aparelhos de som passaram a ser fabricados sem o deck de cassete.

Até hoje ainda existem fãs nostálgicos das fitas, e alguns estúdios de design lançam produtos modernos com a aparência do antigo cassete, vejam alguns casos abaixo:

Speaker para smartphone da IMIXID 




Kit Caipirinha e Almofada da Imaginarium


Bolsa da Fred Flare

Dispenser para fita adesiva da J-me


Porta-níquel da designer Marcella Foschi

Imagens: ChicChip, Galeria do Flashback, Flickr, Corbis

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João Lima Jr. - Designer, ilustrador, webwriter,sonhador nato,uma pessoa agridoce com imaginação fértil que adora artes, café, cinema, música lounge, fotografia e coisas retrô.

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